Muitos se casam já pensando que, se não der certo o casamento, nos divorciaremos. Outros casam para a vida toda e aguentam situações difíceis, chegando ao ponto de se isolarem em busca do “até que a morte nos separe”. Ficar numa relação pelos filhos, pelo dinheiro ou pela imagem da família perfeita para a sociedade, até quando?
Quando não se tem carinho numa relação, os olhos não se cruzam, cada um vive em seu mundo, a comunicação já não faz parte do relacionamento, a rotina agitada se torna prazerosa, e a relação sexual acontece raramente. Serão esses motivos suficientes para um fim?
O índice de divórcio no Brasil tem crescido significativamente nos últimos anos. Em 2022, o país registrou 420.039 divórcios, um aumento de 8,6% em relação ao ano anterior.
Esses podem ser motivos para o fim de um relacionamento, quando não se quer lutar.
Recordo de ter atendido uma mulher que estava enfrentando crises em seu casamento. No decorrer da terapia, entre tantas perguntas que faço, perguntei a ela quais eram as queixas do marido. Ela prontamente respondeu: “Meu marido quer prato de comida na mão, ele quer refeições quentes”; disse ainda que sua carga horária de trabalho é a mesma quantidade de horas do marido e não acha justo se submeter aos pedidos dele.
Para essa mulher, o fato de colocar um prato de comida quente para o marido era algo absurdo, e, decidida a não mudar seu comportamento, levou seu casamento a uma crise por causa de algo simples”.
É preciso analisar realmente os pontos a serem considerados numa decisão tão séria como a de um divórcio.